quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Grupo agride jornalista que registrava confusão em evento da Igreja Universal

O temporal que atingiu a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, neste domingo (23), provocou um sério acidente, durante um evento religioso no Emissário Submarino. Parte da estrutura montada para a festa foi levada pelo vento e algumas pessoas ficaram feridas. Uma equipe de reportagem foi cobrir a confusão e foi hostilizada por participantes do evento.

O evento era chamado de Força Jovem Universal, promovido pela Igreja Universal. Milhares de pessoas acompanhavam as bandas que se revezavam na apresentação. Quando a chuva começou, os participantes do evento saíram correndo. Muitas pessoas passaram mal, algumas desmaiaram e foram socorridas no próprio local pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Outras pessoas foram levadas para o Pronto Socorro Central de Santos.

Segundo o técnico de luz Carlos Augusto Correa, a ventania fez a estrutura do evento ser removida. “O vento forte pegou o palco, arrancou as lonas, estrutura caiu, teve gente que se machucou. Teve um banner que voou, estava preso, então, estava puxando o palco. Teve gente que voou lá de cima, teve gente que foi empurrado pelo vento quando a lona estourou”, explica Carlos.

O administrador do Parque Municipal, Flavio Silva Martins, disse que também alertou os organizadores do evento. “Quando teve a primeira tempestade eu também aconselhei aos organizadores que encerrassem o evento porque a tempestade já tinha acontecido. Acharam que não. Eu também não tenho autoridade pra encerrar o evento”, diz. O administrador falou ainda que estava tudo autorizado pela prefeitura. Mas, que ele mesmo acredita que eventos como esse não deveriam ser realizados no parque. “O evento foi autorizado pelo gabinete do prefeito e o que houve foi um evento climático e houve um tumulto, tudo estava regulamentado. Talvez o parque, por ser aberto, não comporta eventos de grande porte. É opinião pessoal. Não sou eu que autorizo, eu só acato”, afirma Martins.

A equipe de reportagem, durante a realização desta matéria, foi hostilizada por integrantes da igreja. Eles atrapalharam as gravações, colocando a mão em frente à lente da câmera do cinegrafista. Um dos organizadores do evento não quis gravar a entrevista, mas lamentou a atitude desses jovens. Ele disse que não era uma postura da organização do evento e pediu desculpas. O organizador disse ainda que a prefeitura havia autorizado o evento e que tudo foi feito de maneira correta.



Fonte: G1
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