sábado, 1 de junho de 2013

Deus é amor ou idiota?

Há uma onda de frases e artigos sobre o amor de Deus nas redes sociais como nunca. Uma frase mais linda que a outra. Um pensamento mais brilhante que o outro. Está chovendo amor. Quando leio alguma coisa sobre o amor de Deus hoje em dia, dou um passo atrás antes de curtir ou compartilhar. Mais do que ontem, é preciso considerar três questões conjugadas antes de celebrar toda essa badalação amorosa. Primeiro, de qual Deus se trata; segundo, que amor é esse; terceiro, a quem interessa. Como sempre é bom pensar antes de curtir.

Deus é amor, absolutamente certo. Deus é amor, Ele próprio disse em Sua Palavra. Deus é amor, mas não é idiota. Deus é amor, mas não é bonachão. Qualquer pessoa com o mínimo de suas faculdades mentais funcionando deseja ser respeitado em uma relação. O respeito é à base do amor. Independentemente do modelo da relação. É muito mais nobre (na perspectiva intelectual) assumir o ateísmo que confessar a crença em um Deus manipulável, frouxo, sem caráter. Até o crime tem no eixo de sua funcionalidade o respeito. 

X9 é o código de quem quebra essa regra básica (pelo menos em SP). A questão não passa pelo direito universal dos humanos recorrerem ao amor de Deus. Crer que Deus é amor não é o problema. O problema vem agora. É impossível recorrer ao amor de Deus e ignorar o fato dEle ser Deus. Se Ele é Deus como definir Seu amor fora de Sua própria Palavra? Arrancar o amor de Deus do seu contexto divino é arrancar Seu caráter.

Crer no amor de Deus e não se submeter ao Seu modo de amar é o mesmo que acreditar que uma mulher está meio grávida. É muita ingenuidade acreditar em um Deus que deixa a coisa rolar, cada um do seu jeito, "afinal Deus é amor". O Deus revelado em Sua Palavra (Bíblia) afirma que corrige aquele a quem ama. E não para por aí; define como bastardo qualquer que não aceita Seus princípios eternos. 

Se Deus é amor e o indivíduo caminha na contra-mão do caráter divino (ENTENDA-SE POR CARÁTER A UNIDADE DE SEUS ENSINOS QUE JAMAIS SERÃO CONTRADITÓRIOS), então não se trata do amor de Deus, mas sim de amor próprio.

Quem coloca seus pés dentro do projeto de Deus sabe que a primeira coisa a fazer é negar a si mesmo, tomar sua cruz e segui-Lo. Já foi dito que Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Uma maneira de deixar mais claro o fato de que se entregar a Cristo implica em abrir mão do chão próprio e aceitar de todo o coração a proposta do Reino do céu. 

Os moralistas não respondem pelo amor de Deus. Os liberais não receberam procuração divina para garantir até que ponto se pode avançar em todas as direções debaixo da graça. Há uma resposta na Palavra que joga luz sobre nossas trevas e cala todas as vozes religiosas a nossa volta. Está escrito que o “amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado – Rm 5.5”. Quem recebeu o Espírito Santo recebeu o amor de Deus em seu coração. Esse é o segredo. 

Dizer que Deus é amor é uma coisa. Ter o amor de Deus derramado no coração é para todo aquele que abre o coração para o Espírito Santo. Defender interesses escusos – pessoais e/ou coletivos - em nome do amor de Deus é direito de todos. Aceitar o modo com o qual Deus ama, aí a coisa muda de figura. 

Deus é amor. Mas é Deus. E Deus é Deus. E Deus É apenas e tão infinitamente É o que ELE diz Ser em Sua Palavra. EU SOU... e somente Ele É o que É... DEUS.





Fonte: César Ferreira em Ultimato
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