quinta-feira, 19 de julho de 2012

Tudo está bem sem Deus

Ninguém deveria se espantar com o título do presente artigo. “Tudo está bem sem Deus” é uma mensagem que recebemos diariamente, por meio de filmes, novelas e outros programas de televisão, ou mesmo pela internet.

Explico. A grande maioria das estórias que nos distraem pela televisão retrata a vida de pessoas que, apesar de totalmente alienadas de Deus, terminam muito bem. O “final feliz”, quando não acontece num filme, ao menos se aproxima disso.

É o que ocorre, por exemplo, no filme “O Náufrago”, protagonizado por Tom Hanks. Particularmente, esse é o ator norte-americano que mais gosto, e esse filme, um dos dez que mais assisto. E acredito que muitos outros concordam comigo. No entanto, isso não deve nos impedir de enxergar a mensagem sutil que há por trás dessa estória, e que serve muito bem como exemplo máximo para todas as outras.

Respeitando leitores que ainda não tenham assistido “O Náufrago” evitarei contar o final da estória. Sendo assim, quero apenas limitar-me ao fato de que Tom Hanks, perdido numa ilha deserta, prefere conversar com uma bola de futebol do que falar com Deus em oração. E isso, apesar de incrível – para não dizer impossível – é aceito por todos como algo absolutamente normal.

Não, isso não é normal. Ninguém precisa estar numa ilha deserta para pensar em Deus, ou orar. Mas, se alguém estiver nessa situação, é óbvio que pensará no criador e, ainda que não tenha religião alguma, pedirá o socorro do alto. Mas isso não acontece em momento algum desse ou de qualquer outro filme.

A verdade é que Deus é completamente descartado de todos os filmes, novelas e seriados que passam na TV. Ninguém ora, ninguém vai à igreja, ninguém se preocupa com a salvação. Porém, quando raramente surge um personagem fazendo alguma dessas coisas, é para expô-lo ao ridículo. Não é assim?

“Tudo está bem sem Deus” é a mensagem que seriados nacionais e internacionais transmitem diariamente para milhões de telespectadores. Seriados como “A Grande Família” ou “Eu, a Patroa e as Crianças”, que divertem a todos nós, retratam conflitos familiares que são resolvidos absolutamente sem qualquer menção a Deus, ou a religião alguma.

E quanto às novelas? Todas terminam agradando ao público, mas o final feliz acontece após meses de uma estória na qual dezenas de personagens vivem totalmente esquecidas de Deus. E, o mais assustador, é que quase ninguém se dá conta disso...

Estaríamos todos entorpecidos?

É assustador pensar nisso. Passamos horas por semana recebendo a mensagem de que não precisamos de Deus para viver. E ninguém percebe! Seria essa a causa de nossa sociedade estar vivendo tão egoisticamente, como se Deus não existisse? Seria uma hipnose coletiva?

“Tudo está bem sem Deus... Tudo está bem sem Deus... Tudo está bem sem Deus...” Cada filme que assistimos, cada novela que nos entretém, cada seriado e até desenhos animados que distraem nossas crianças – todas essas e outras programações eliminam Deus completamente de suas estórias.

Acredito ser essa também a causa de tantos crentes frios e indiferentes para com as “coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus”. Ora, os mesmos evangélicos que têm enorme preconceito contra música secular são os que assistem com gosto a todos os melhores filmes de Hollywood. E alguns ainda não perdem por nada o capítulo da “sua” novela. Sendo assim, como esperar que uma ou duas horas de pregação semanal possa gerar avivamento genuíno, se passamos dezenas de horas por semana gelando nosso coração diante de uma tela de TV, ou de computador?

E as telas estão cada vez mais sedutoras, com imagens em altíssima resolução e até em três dimensões! Como se proteger disso? Com toda essa tecnologia, cada dia mais atraente, torna-se ainda mais difícil despertar as pessoas dessa hipnose...

Isso parece loucura pra você? Não lhe parece grave que filmes, novelas, seriados e desenhos eliminem Deus por completo de suas estórias? Se você não consegue ver nada de errado nisso, talvez seja porque seu discernimento também já esteja entorpecido. Talvez porque você passe horas demais diante de uma tela de TV ou de computador. Talvez porque você seja mais uma vítima dessa mídia, que sussurra dia e noite em nossas mentes uma só mensagem: “Tudo está bem sem Deus...”


Fonte: Alan Capriles em seu blog
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