sexta-feira, 27 de julho de 2012

Homem de Deus...cresça e apareça...

E a Bíblia tinha razão... Por volta de 740 a.C. o profeta Isaías, fazendo alusão ao julgamento do Senhor, anunciou: "Farei que os homens sejam mais escassos do que o ouro puro, mais raros do que o ouro de Ofir" (Is 13.12). Anunciando a destruição completa do "arrogante" (Is 13.11), o profeta acertou em cheio no contexto em que vivemos hoje, em pleno século 21. Homens de Deus são joias raras! Maturidade moral suficiente para liderar como um exemplo de retidão tem se tornado cada vez mais escasso. Alias, assistimos, com pesar, que o padrão vulgar de comportamento dos rapazes é, em geral, caracterizado por negligência, irresponsabilidade e coisas piores. Não deveria ser assim.

À medida que um rapaz se desenvolve, sua masculinidade tem de produzir maturidade moral – enquanto aspira a retidão, o aprender a pensar como um cristão, agir como um cristão e mostrar aos outros como fazer o mesmo. O homem cristão deve ser um exemplo para os outros, ensinando tanto por palavras como por posturas. É claro que isso exige o exercício de raciocínio moral responsável. A verdadeira educação moral começa com um entendimento claro dos padrões morais e deve mover-se a um nível de raciocínio moral mais elevado, pelo qual um rapaz aprende como os princípios bíblicos são transformados em viver piedoso e como os desafios morais de seus dias devem ser confrontados com as verdades reveladas na infalível e inerrante Palavra de Deus.

O homem de Deus também há de ter maturidade ética suficiente para tomar decisões responsáveis. Ser um homem implica tomar decisões. Uma das tarefas mais fundamentais da liderança é decidir. O estado de indecisão de muitos homens contemporâneos é a evidência de uma masculinidade atrofiada. É claro que um homem não se precipita a tomar uma decisão sem refletir, considerar e ter cuidado, mas ele se expõe a um risco, ao tomar uma decisão – e ao torná-la permanente. Isso exige uma responsabilidade moral que se estenda à tomada de decisões éticas e maduras, que glorifiquem a Deus, sejam fiéis à Palavra de Deus e estejam abertas ao escrutínio moral. Um verdadeiro homem de Deus sabe como tomar uma decisão e viver com suas consequências – embora isso signifique que, mais tarde, ele terá de reconhecer que aprendeu por tomar uma decisão errada e por fazer a correção apropriada.

Outra marca indispensável para o homem de Deus é a maturidade de percepção do mundo suficiente para entender o que é realmente importante. Uma inversão de valores caracteriza nossa era pós-moderna, e a situação desagradável da masculinidade moderna se torna mais apavorante pelo fato de que muitos homens não têm a capacidade de desenvolver uma percepção de mundo consistente. Para o crente, isso é duplamente trágico, pois nosso discipulado cristão tem de ser demonstrado no desenvolvimento de uma mente cristã. O cristão tem de entender como interpretar e avaliar as questões pelo espectro dos campos da política, economia, moralidade, entretenimento, educação e uma lista aparentemente interminável de outros campos. A ausência de um raciocínio bíblico e consistente da percepção do mundo é um característica fundamental da imaturidade espiritual. Um rapaz tem de aprender como traduzir a verdade cristã em uma maneira de pensar genuinamente cristã. Precisa aprender a defender a verdade bíblica perante seus colegas e em público; e deve adquirir a habilidade de estender sua maneira de pensar bíblica, fundamentada em princípios bíblicos, a todas as áreas da vida.


Adaptação: Igreja Batista Central de Campinas
Fonte: Albert R. Mohler - Presidente do Seminário Teológico Batista do Sul dos EUA
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