terça-feira, 20 de setembro de 2011

Apneia do sono pode causar impotência sexual

As consequências de noites maldormidas são diversas: dor de cabeça, irritabilidade, problemas de memória, ansiedade e sonolência diurna. Mas, com certeza, a que mais preocupa os homens, é a relação entre a apneia do sono e a impotência sexual. Segundo Shigueo Yonekura, neurologista do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba, a apneia, que atinge grande parte da população, é caracterizada pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono. “O distúrbio pode interromper a respiração e provocar pequenos despertares durante a noite, prejudicando o descanso. Essa interrupção afeta diretamente o organismo. Isso porque vários hormônios, como a testosterona, são produzidos durante o sono”, explica o médico.

Além de estar associada à redução da libido, a deficiência de testosterona provoca falta de concentração e de energia, fadiga e diminuição da massa muscular. O neurologista destaca que a apneia pode trazer implicações graves à saúde. “O distúrbio pode provocar pressão alta, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, derrame cerebral e aumentar em sete vezes o risco de acidente de trânsito. Considerada problema de saúde pública, a apneia está classificada entre as doenças que mais matam no mundo. Sendo que a hipertensão arterial é encontrada em 70% a 90% dos que sofrem do problema”, alerta Yonekura.

De acordo com o médico, entre as opções de tratamento estão o cirúrgico, o uso do dispositivo intraoral e o CPAP - aparelho que auxilia a respiração durante o sono. “O CPAP tem como objetivo manter as vias aéreas permeáveis ao fluxo do ar durante a noite. O aparelho fica conectado a um compressor de ar que provoca pressão positiva para forçar sua passagem através das vias aéreas superiores. Os níveis de pressão da máscara devem ser ajustados individualmente, depois do exame de polissonografia. Pressões inadequadas podem aliviar os sintomas sem diminuir os riscos cardíacos. Já o tratamento cirúrgico está sempre indicado para a remoção de obstáculos e correção de distúrbios anatômicos que dificultam a passagem de ar”, afirma o neurologista.

Perda de peso, no caso de pacientes obesos, e evitar dormir na posição supina (de barriga para cima) são outras medidas recomendáveis. “Conhecidos como posicionadores mandibulares, os aparelhos intraorais conseguem auxiliar nos casos considerados leves ou moderados”, finaliza


Fonte: Jornal Cidade
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