quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pira Nossa Terra, desabafo...

Em meados de 2000, minha esposa e eu, após o encerramento dos trabalhos da igreja que na época nós congregávamos, decidimos por indicação de uma pessoa próxima (minha mãe!) — irmos a uma reunião da "Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra". Até hoje eu, que tenho formação teológica, pergunto-me: Como pude ser enganado, manipulado e ter aceitado o regime de terror espiritual que nos foi imposto pelas "autoridades" da pretensa igreja?

Logo que entramos, fomos conduzidos a fazermos parte de uma "célula" em pleno sábado à tarde (!!!) — a qual não podíamos faltar para nada, com o risco de sermos considerados rebeldes e mau servos. Por combinação, minha esposa e eu resolvemos ver aonde tudo isso ia dar...

Ah! Se arrependimento matasse!

Como sou músico, fui informado que para tocar na Equipe de Louvor tinha que, além de estar em célula, também me matricular em uma "Escola de Líderes" (que depois mudaram o nome - apenas o nome - para "Escola de Vencedores").

Dentro desse curso somos "orientados" a submissão total, irrestrita aos nossos Líderes Espirituais: Bispos Robson e Lúcia Rodovalho. Também éramos informados que não éramos convidados e sim "convocados" e "intimados" a participarmos de toda a grade de programação e "festividades" da Igreja (?).

Imagine você: ser por seis anos privado de poder viajar de férias, acampar, ir a apresentações musicais e afins — porque tinha a "obrigação" me se fazer presente em "Celebrações de Inverno e Verão", "Encontros", "Reencontros", "Encontros de Líderes", "Encontros de Mestres" — "discipulados" semanais, muitas vezes às 23:00h; pois era o tempo que a "pastora" tinha na sua agenda e por aí vai...

A frustração era ainda maior ao descobrir que nunca ia poder exercer o meu pastorado, pois não tinha um número X de "células" para me credenciar. A “gota” veio quando várias pessoas que ajudei a preparar foram separadas ao pastorado por terem "n" células — e a mim foi falado da boca de uma "pastorta" que eu havia ficado para trás por não acordar e abrir células. Pode?

O sentimento que me foi crescendo era de escravidão, inércia (não podia tocar, cantar, ministrar — por não querer "abrir" uma célula); e principalmente de pena, ao ver tanta gente boa indo do fundo ao poço da depressão e stress, por não conseguirem “bater a meta” de aberturas de células — alcançando assim o retorno financeiro do "Parceiro de Deus".

Hoje faço parte de um grupo fechado, mas aberto (dá pra entender?) — formado principalmente por ex-membros (pastores, ministros, líderes, diáconos e etc.) da Sara Nossa Terra. Nós fomos, por palavras de uma das pastoras, considerados frutos "podres" que devem ser evitados, para que os outros evitem contaminação doutrinária. Para você ver... Depois de tanto tempo pregando posso dizer que por ironia, só pude me sentir livre e curado depois que minha esposa e eu rompemos com a Igreja que prega a Cura Interior e a Quebra de Maldição.

Nele, que Sara e Cura.

Resposta:

Meu amado irmão: Graça e Paz!

Morando aqui em Brasília, atendo o tempo todo gente que veio de lá pirada, doente, cheia de medo, deprimida, sem identidade, robotizada — soldadinhos de chumbo, bonecos de carne sob comandos, clones de líderes que só lideram sob o tacão do medo; e que inda introjetam nos coitados que fazem a tal “cura interior” um sentimento de “curra interior”; e os que são objeto de “quebra de maldições” chegam oprimidos pela maldição do medo por eles imposto — sem falar nos muitos que, depois das tais curas interiores e ou regressões, voltam com pais “inventados” e com molestações sexuais inexistentes — passando, daí pra frente, a viverem sob fantasmas e medos; pois, de fato, ficar sob aquele jugo é que é a maldição.

Falo sem medo nenhum. Nem deles e nem de ninguém. E eles sabem disso. Sabem que é assim que sinto porque também sabem que os conheço.

Sabem porque ouvi da boca do “bispo”, em 1990, no Hotel Torres (ele e César Augusto) — que haviam visitado o Macedo e que o imitariam.

Chamo os dois em qualquer lugar, em minha presença, a fim de que neguem isto. Também fui eu quem teve que separar os “bens” deles (Roda e César) — quando se divorciaram “litigiosamente”. Eles e o mundo sabem disso. E eu me arrependo até hoje de ter participado daquela maluquice e sandice.

Agora o Roda é candidato a Dep. Federal. Tragédia. Trocou a primogenitura por um prato de lentilhas podres e corrompidas. Se não se arrepender, grande calamidade o aguarda.

Surtaram. Deixaram-se tomar pela Síndrome de Lúcifer. Narciso é seu deus. E o poder e o dinheiro são seus anjos da guarda.

Vejo aquela legião de meninos, todos bem jovens, sendo enganados por eles. Lá só há crianças; pois, gente grande não agüenta o imbecilismo por eles proposto. São líderes de escoteiros fanatizados. Agora, as crianças são todas “cabos eleitorais” do Roda. Ele que abra o olho, pois de Deus não se zomba. Quem brinca com Deus, Roda.

Um amigo outro dia, ouvindo a multidão dessas calamidades, e que aqui em Brasília me cercam todos os dias, disse que o nome não deveria ser “Sara a Nossa Terra”, mas sim “Pira a Nossa Terra”. Irônico, porém real!

E o Roda diz que de Dep. Federal vai a Presidente da República. Meu Deus! Deus salve o Brasil de tamanha calamidade.

Quanto a ele, como é Roda, já se envolveu num novelo de tantas maracutaias (ele sabe que eu sei) — que dificilmente daí sairá sem ser pela porta dos fundos.

Deus o livre! Que encontre algo que o valha!

Que o amor que um dia ele teve por Deus, quando o conheci ainda jovem, em Goiânia, volte à sua alma — pois, do contrário, o juízo de Deus o visitará a fim de sacudi-lo. Se ele é filho amado, não seguirá sem disciplina; pois somente os bastardos é que seguem para sempre sem conhecerem o amor disciplinador do Leão de Judá.

Aquilo é empresa. É negócio. É massa política. É pretexto para receber dinheiro de dentro e de fora. Eles sabem que eu sei.

Processar-me-iam? Não! Eles sabem que eu sei. E sabem que não brinco.

Aliás, sou procurado por pessoas com provas documentais que os colocariam em situação de miséria, oferecendo-se para tirar a mascaras dos enganos (de todos os tipos), e digo que não. Se tiver que ser, Deus mesmo fará. Mas já estive muitas vezes agachado no fundo da cova onde aliviam o ventre, à semelhança de Saul. E eles nem viram. Agora, que o saibam.

E, aqui, qual louco, digo o que digo; não porque os queira mal, mas porque vejo o mal que fazem; e minha alma se contorce ao ver o uso, o abuso, a manipulação, a perversão do Evangelho, e o engano que eles propõem.

Não entrarei em detalhes. Daria um livro. E tenho centenas como testemunhas do que digo. E todos com histórias do arco da velha; e todos sérios; e todos já foram mais do que de dentro. Eles sabem.

Fique longe de maluquices!

Nele, que só tem um Evangelho; e o resto é falsificação,

Caio
Fonte: Portal dentro da onda
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