quinta-feira, 11 de junho de 2009

Vício Profissional na Igreja


A Igreja tem crescido espantosamente. Em muitos ministérios há demasiada ênfase na formação de líderes apaixonados pela visão de ganhar o mundo. Dentro dessa visão compulssiva muitos líderes acabam por agir mecanicamente desencadeando o chamado “vício profissional” onde até orar pode ser estressante! É a exaustão emocional, fadiga da compaixão. Então até mesmo os cristãos Tipo B menos competitivos podem sofrer desse mal. E os agentes estressores estão associados à pressões sociais e interpessoais.

Quadro sintomático:

-Desmoralização (crer que você já não é eficiente como líder);

-Despersonalização (tratando a si mesmo e a outro de forma impessoal);

-Desinteresse (afastando-se das responsabilidades);

-Distanciamento (evitando contatos sociais e interpessoais);

-Derrotismo (um sentimento de ter sido vencido).


Ocorre um estado de exaustão física, emocional e mental marcado pela exaustão física e fadiga crônica, sentimentos de desamparo e desesperança, e pelo desenvolvimento de um auto-conceito negativo e de atitudes negativas em relação as atividades desempenhadas, a vida e outras pessoas.

Consequências:

-Energia reduzida – manter a velocidade torna-se cada vez mais difícil;

-Sentimento de fracasso na vocação;

-Senso reduzido de recompensa por derramar tanto de si mesmo no trabalho ou projeto;

-Sensação de desamparo e inabilidade de ver uma saída para os problemas;

-Cinismo e pessimismo sobre si mesmo, outros, o trabalho e o mundo em geral.

Fatores da personalidade e atitude podem aumentar a propensão por exemplo:

-A pressão para o crescimento;

-Uma personalidade autoritária que pode revelar-se insensível (ou uma pessoa sensível demais que pode sentir com os outros as feridas, mas que é vulnerável às críticas);

-Ira interior;

-Falta de positividade, sentindo-se uma vitima; carregando culpa demais sobre sua humanidade;

-Inflexibilidade.

A essência do problema, no entanto, é a colisão entre as expectativas e a realidade. Os líderes são muitas vezes colocados em um pedestal pelos outros, e por eles mesmos. Muitas dessas expectativas simplesmente não podem ser alcançadas. Tentamos agradar, mas ou tornamos-nos muito focados na meta para as pessoas, ou muito acomodados com seu “relaxo” espiritual. Líderes fortemente focados em metas vão quase que inevitavelmente experimentar mais frustração que aqueles focados no processo. Extamente como numa rotina de trabalho secular estamos trabalhando porém com voluntários, muitos dos quais não estão lá quando o trabalho não é compensatório. E estamos presos uns aos outros, os líderes não contrataram a maioria das pessoas leigas com quem trabalham.
Então se não tomarmos cuidado, dependendo do nosso tipo de personalidade, podemos tornar-nos perfeccionistas, conscientes demais, desenvolver um lado do nosso ministério de forma desproporcional, ou talvez nos identificarmos tanto com nosso chamado que se ele desmorona, nós também desmoronamos.

Se você ainda está em dúvida quanto as atividades que está realizando, se estão causando estresse ou não, segue abaixo mais alguns itens para a sua reflexão:

-Estresse é caracterizado pelo comprometimento excessivo.
-No estresse as emoções tornam-se exageradas.
-No estresse o dano físico é primário.
-A exaustão do estresse afeta a energia física.
-Estresse produz desintegração.
-Estresse pode ser melhor entendido como uma perda de combustível e energia.
-A depressão do estresse é produzida pela necessidade do corpo de se proteger e conservar energia.
-Estresse produz um senso de urgência e hiperatividade.
-Estresse produz pânico e desordens de fobia e ansiedade.